Espera-se que a cimeira seja um ponto-chave na mudança do paradigma energético mundial, criando condições para virar, finalmente e efetivamente, para as energias renováveis e para um planeta mais sustentável.
Começou na segunda-feira última, dia 30 de novembro e até dia 11 de dezembro, a 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção das Nações Unidas sobre as Alterações Climatéricas, onde se espera que se alcancem medidas com vista a diminuir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) que contribuem para o aumento da temperatura climatérica, limitando esse aumento aos 1,5º ou 2ºC.
Segundo a Quercus, citada pela Green Savers, 171 países apresentaram compromissos nacionais para a redução de emissões, medidas que são um passo importante mas insuficiente para manter o aumento da temperatura global abaixo dos 2ºC acordados em Copenhaga (2009).
Para que o aumento se situe nesses valores, espera-se que a UE defenda um compromisso de eliminação gradual de todas as emissões de combustíveis e a integração progressiva de 100% de energia renovável; que defenda a revisão dos compromissos nacionais assumidos pelos países até 2018; que aumente a redução de emissões de Gases de Efeitos Estufa (GEE) de 40% para 55% (com base no ano de 1990) até 2030; publicar, com detalhe, os compromissos assumidos pela EU e especificar o total das emissões na EU entre 2021 e 2030; assumir metas para 2025; incluir a eliminação dos subsídios dos combustíveis fósseis, a eliminação das licenças de emissão excedentárias do Comércio Europeu de Licenças de Emissão (EU-ETS) e a implementação da legislação relativa à eficiência energética e às energias renováveis pré UE 2020; dar o exemplo ao resto do mundo, mostrar os resultados já atingidos até 2014 e a ambição para 2020; distribuir de forma justa as verbas destinadas ao financiamento climatérico até 2020 e aumentar essa contribuição para o pós 2020; estimular a transição dos apoios financeiros e investimentos dos combustíveis fósseis para as energias renováveis.
Relativamente a Portugal, refere a Quercus que os objetivos mais importantes no pós 2020 assentam na redução das emissões de GEE – com base em 2005 – entre 30% e 40% em 2030, assegurando a trajetória ascendente de 18%-23% previstas para 2020; na aposta na eficiência energética, que reduza os consumos energéticos na ordem dos 30%; e fomentar o consumo energético por via de fontes renováveis, com vista a atingir 40% do consumo final de energia por 2030.
Fonte: Green Savers
Espera-se que a Conferência das Partes 21 seja um ponto-chave na mudança do paradigma energético mundial, criando condições para virar, finalmente e efetivamente, para as energias renováveis e para um planeta mais sustentável. Porque, e como diz um conhecido provérbio, “Não herdámos o planeta Terra dos nossos pais, foi-nos emprestado pelos nossos filhos”. Sejamos bons pais.
