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Soluções em energias renováveis são soluções rentáveis.


Criou-se, em torno da COP21, uma enorme expectativa com relação às medidas daí advindas, porque o planeta assim o exigia. Então as expectativas, foram defraudadas ou cumpriram-se?


paris

Se há alguma palavra que possamos retirar, que defina o que se alcançou nesta cimeira, essa palavra é a mesma que consta no título… esperança! Esperança por se ter chegado finalmente a um acordo assinado por 196 países e que já era perseguido há tantos anos; esperança por constarem nesse acordo medidas ambiciosas com vista à redução das emissões de gases tóxicos para a camada de ozono; e, acima de tudo, esperança por finalmente existir uma consciencialização dos perigos advindos dessas mesmas emissões, para com o equilíbrio frágil do ecossistema, consciencialização que parece, por fim, superior aos interesses económicos.

Mas não pudemos bradar vitória. Porquê? Bem, temos as intenções, vamos esperar pelos atos.

Relativamente às intenções que ficaram, de destacar o facto de estarem reunidas 196 nações com diferentes intenções, diferentes interesses mas que, ainda assim, conseguiram um acordo que transmite um claro sinal aos mercados e aos investidores, que o futuro da energia passa por renováveis como o vento e o sol.

Com o acordo de Paris os países assinaram o objetivo de fazer com que o aquecimento global fique abaixo dos 2ºC embora com a ambição e ações de fazer com que esse aumento fique por volta dos 1,5ºC. Com as ações propostas espera-se atingir, por 2050, as zero emissões de gases de efeito estufa.

Apesar de alguns cientistas acreditarem que as medidas tomadas serão insuficientes para limitar o aumento da temperatura aos 2 graus, e que mais ações terão de ser tomadas no futuro, este acordo é, por si só, o mais ambicioso de sempre, o que abre uma perspetiva otimista com relação ao futuro do planeta, e que promete uma desvinculação total, a longo prazo, com as energias fósseis, intenção que pode levar os investidores a olhar com desconfiança para não-renováveis, e ver as renováveis como uma boa fonte de investimento, um bom negócio.

Para garantir que as metas propostas sejam atingidas estão agendadas reavaliações a cada 5 anos. Porque mais importante que as palavras são as ações, com esta medida incentiva-se, e pressiona-se, a que existam movimentações nesse sentido em vez de deixar que as promessas fiquem esquecidas numa folha de papel.

Outra medida chave na COP21 prende-se com papel que cidades, empresas e cidadãos privados tomaram e a importância que adquiriram, porque uma ação nacional é essencial, mas, por si só, é insuficiente. A título de exemplo, perto de 400 cidades assinaram o acordo que permitirá a redução de emissões gases de efeito estufa de cerca de 740 milhões de toneladas anuais em 2030, e este é um extraordinário passo em frente!

É ainda de considerar a economia que será gerada pela adoção das renováveis. Novos empregos florescerão, a tecnologia de captação de energias, por exemplo, ainda tem margem para melhorar e evoluir, tal como a tecnologia de armazenamento, que melhorou com o desenvolvimento de novas baterias mais verdes, seguras e eficientes, mas que ainda carecem de viabilidade efetiva para um uso generalizado. Tudo isto potenciará o mercado e as economias nacionais e locais, na medida em que o capital, e o negócio, que pertence neste momento às petrolíferas, será redistribuído por todos os setores da sociedade, até aos privados.

Em suma, o que podemos concluir é que este não é um acordo perfeito por três principais razões: primeiro porque só entra em vigor em 2020 e para ser perfeito ter-se-ia de abandonar imediatamente as energias fósseis - o que nem estruturalmente é possível; depois por deixar algumas dúvidas aos cientistas relativamente a se a eficácia das medidas será efetivamente a que se espera, e se as contas não serão demasiado otimistas; e, finalmente, pela dúvida relativa a se os principais lideres, e as principais nações, se vão manter fiéis à sua palavra e avançar no sentido prometido, o acordo é legalmente vinculativo mas não na sua totalidade. Ainda assim nunca antes foram dados passos tão concretos em prol do ambiente e da energia verde, portanto há esperança que haja vontade de se mudar, e existindo essa vontade, mesmo que estas não se revelem como sendo as medidas mais apropriadas com vista ao alcance dos objetivos, há confiança que outras – e mais – sejam tomadas com vista a um amanhã, para nós, para os nossos filhos, e para um ambiente, mais limpo e saudável, para um futuro melhor!

Pode saber mais acerca dos progressos atingidos na 21ª Conferência das Partes nos artigos do The New York Times, do movimento The Climate Reality Project e do jornal Público.

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